quarta-feira, outubro 12


O limite da vida
No limite da vida esta o silêncio, o meu, o seu, o nosso silêncio, ao não querer dizer o que se pensa ficamos assim no mesmo patamar daqueles que deixam que os outros pensem que outros falem, e neste vai e vem, o silêncio esmaga as ilusões, o querer bem o querer estar.
Mais não pense você e eu que como antes este silêncio, me impulsiona a te querer mais, não, estou na idade do desapego, e tudo passa muito rápido, sem deixar marcas ou dores, simplesmente passa, mesmo que eu teime em arquitetar dores mirabolantes,que merda!  Ela não vem. As urgências não existem antecipar o que não existirá não faz parte do jogo.
Então temos duas opções não levar a vida tão a sério, deixemos nos  levar pela risada sem compromisso,pela conversa  sem metáfora sem limites ,pelo compasso da respiração sem compasso, pela viagem sem roteiro, pois não dá pra viver como fantasmas que são espectros de vidas que não lhe pertencem, expectadores daquilo que a sociedade planejou e em momento algum  me perguntou te perguntou se fomos talhados para tal movimento. Ou ficamos assim em silêncio... Sempre nos perguntando, porque a vida passa tão rápida e sem cor.

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"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector