Não sei bem seu nome ,
observo de longe a menina sentada a beira da porta,
ela chora baixinho,
como se sofresse uma dor forte e profunda,
quieta encosta a pequena cabeça nos joelhos ,
busca com os olhos ajuda,
mais ninguém estava ali,
seu choro incomoda chega a perturbar ,
quem esta além da porta ,
corpo magro e febril,
garganta pegando fogo,
a menina adormece ,
um sono sem sonhos de princesas ou príncipes,
mais a espera que a porta se abra.
--
Patricia Gomes
quarta-feira, novembro 17
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- PATRICIA GOMES
- "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector